Qual o papel da mulher? Força que impulsiona o mundo, transformadora do cotidiano, resistência e rebeldia, guerreira e pacifista, mãe (ou não), cientista, ativista, líder e inspiradora. O mês de março nos convida a celebrar os avanços conquistados pela luta feminina e a refletir sobre os desafios e barreiras que ainda precisam ser superados.
Mas qual é o lugar da mulher? A resposta que o programa Mulheres Vivas propõe é direta: onde ela quiser. Na última quinta-feira, 27 de março, esse lugar foi o Auditório 1 da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Por meio do CriaLab|UEG, a Universidade Estadual de Goiás realizou a exibição pública do programa para uma plateia lotada. Estiveram presentes o reitor, professor Antônio Cruvinel; a deputada estadual Bia de Lima, cuja emenda parlamentar viabilizou a produção do projeto; a pró-reitora de extensão, Sandra Máscimo; além da equipe técnica do programa e seu idealizador, o professor Marcelo Costa.
Durante o evento, foi exibida uma edição especial do programa, e quatro das sete entrevistadas compartilharam um pouco de suas experiências e desafios. Para o reitor, professor Antônio Cruvinel, a UEG é uma universidade composta majoritariamente por mulheres e precisa se situar sempre no centro dos avanços sociais, culturais e políticos, vencendo suas próprias limitações. Já a deputada Bia de Lima, retomando sua trajetória de professora e ativista política, reforçou a relevância de iniciativas como Mulheres Vivas no esforço de amplificar e tornar mais abrangente a voz das mulheres.
A partir da questão feminina, são debatidos problemas ainda mais amplos, como a transfobia, o capacitismo e o racismo. Em sua fala, Luara Mell exemplificou como o machismo, a transfobia e o preconceito racial a acompanharam durante sua formação acadêmica em Física: “Temos a ideia de que a ciência só pode ser feita por homens brancos. Por isso, muitas pessoas duvidavam da minha capacidade científica”. A psicóloga Damaris Morais, que participa do movimento ativista pelas pessoas com deficiências raras e ocultas, destacou como as mulheres podem e devem recuperar seu encanto e autoestima: “Fiz uma cirurgia que me curou de uma doença crônica e modificou muito a minha vida. Aprendi com ela a importância dos reinícios, dos recomeços e de como devemos nos fortalecer umas nas outras, sem medo de partir do zero novamente”. Lorena Cravely, cuja experiência como mãe atípica se transformou em motivo de luta e ativismo, finalizou os depoimentos lembrando o papel fundamental que a sociedade exerce no cumprimento dos direitos das mulheres: “Muitas mães de filhos com autismo e outras condições se encontram sozinhas, invisíveis, carregando uma responsabilidade desafiadora. É então que entra o nosso senso de coletividade, tanto na empatia quanto na lei.”
Mulheres Vivas surge como uma plataforma para discutir as diversas formas de violência contra a mulher, trazendo não apenas a dimensão do problema, mas, sobretudo, uma perspectiva de esperança e resiliência. O projeto visa apresentar relatos inspiradores de mulheres que superaram situações de violência e reconstruíram suas vidas.
Os episódios podem acompanhados no canal da UEG TV no YouTube.
(Comunicação Setorial|UEG)