O avanço das cidades e a constante redução de habitats naturais estão transformando a paisagem urbana em um novo cenário de convivência entre humanos e animais silvestres. Espécies como onças-pardas, tamanduás e capivaras, e até mesmo animais ameaçados de extinção, como o lobo-guará e a jaguatirica, têm sido cada vez mais avistadas em áreas urbanas brasileiras.
Esse fenômeno foi o foco de um estudo realizado por Carolina Alves, do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal, e pelo professor Wellington Hannibal, da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Entre 2002 e 2021, os pesquisadores analisaram 733 registros de mamíferos fora de seus habitats naturais e revelaram dados sobre como a fauna tem ocupado as cidades:
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentraram a maior parte dos registros, evidenciando a pressão da urbanização sobre a biodiversidade. A pesquisa também reforça a importância de compreender essas interações para desenvolver estratégias que garantam a coexistência segura entre humanos e animais.
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Sobre os autores:
Carolina Alves: Possui graduação em Ciências Biológicas modalidade Bacharelado pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara - Goiás. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Ambiente e Sociedade pela Universidade Estadual de Goiás -Campus Sudeste. Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Biodiversidade animal da Universidade Federal de Goiás. Membro do Lecobioma - Laboratório de Ecologia e Biogeografia de Mamíferos e da Associação Gameleira de Conservação e Preservação do Cerrado. Trabalha atualmente com biodiversidade, distribuição e padrão de atividade de mamíferos, ecologia de comunidades, mastofauna de médio e grande porte e Cerrado. Tem interesse em: Ecologia, zoologia, comportamento animal, conservação da natureza, legislação ambiental, bioindicadores, coexistência humano-fauna, interdisciplinaridade e educação.
Wellington Hannibal: Biólogo, licenciado em Ciências Biológicas (UFMS, 2005), Mestre em Biodiversidade Animal (UFSM, 2007), Doutor em Ecologia e Conservação (UFMS, 2017). É professor da Universidade Estadual de Goiás. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade - PPGAS-UEG (set/2021-jan/2024) e coordenador Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Sudoeste (2018-2019). É autor dos livros: Mamíferos do Pantanal (2015) e Mamíferos do Refúgio de Vida Silvestre Serra da Fortaleza (2023), e organizador do livro Biodiversidade, Manejo e Conservação do Sul de Goiás (2017). É líder do grupo de pesquisa Biodiversidade e Conservação em Paisagens Fragmentadas (CNPq), e do Laboratório de Ecologia e Biogeografia de Mamíferos - Lecobioma. Pesquisador associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade (INCT-EECBio) e do grupo Macroecologia e Mudanças Climáticas (UFJ). É membro do Comitê de Coleções Mastozoológicas da SBMz (colaborador região Centro-Oeste). É orientador nos Programas de Pós-Graduação: Ambiente e Sociedade (UEG-Quirinópolis), Biodiversidade Animal (UFG-Goiânia) e Biodiversidade e Conservação (IF-Goiano-Rio Verde). É editor associado da revista Sapiência (UEG). Tem publicações na área da ecologia de mamíferos, com ênfase em: i) biodiversidade e distribuição de mamíferos Neotropicais, e ii) ecologia e conservação de mamíferos em paisagens fragmentadas.
(Comunicação Setorial|UEG)