Na segunda-feira, 11, primeiro dia do Cepe|UEG, o Encontro Goiano de Popularização da Ciência promoveu dois painéis que apresentaram experiências relevantes desenvolvidas por pesquisadores, universidades e uma entidade sem fins lucrativos, com o objetivo de tornar a ciência mais acessível à sociedade. O primeiro painel, “Modelos e práticas de popularização da ciência: espaços, fundamentos e vivências. Como fazer na prática?”, contou com a apresentação do trabalho socioambiental desenvolvido pela Comunidade Educacional de Pirenópolis (Coepi), conduzida pelo diretor-presidente da entidade, o biólogo Rogério Dias.
Durante sua apresentação, Dias destacou as diversas formas de atuação da Coepi, que trabalha na preservação do patrimônio histórico, artístico e ambiental, utilizando arte e ecologia para promover transformação social e inclusão. Seu museu de ciências, a “Oca da Terra”, abriga uma exposição interdisciplinar sobre a história da Terra, recebendo principalmente escolas da região e se consolidando como espaço de educação científica e cultural.
O segundo painel, intitulado “Educação básica: lugar de divulgação e popularização da ciência? Como realizar?”, trouxe duas experiências do Sul do país. A prof. Dra. Keila Zaniboni Siqueira, da Universidade Regional de Blumenau (Furb), apresentou o projeto de extensão de oficinas itinerantes de educação em saúde, com metodologias ativas no ensino de Ciências e Biologia. Siqueira também compartilhou sua estratégia de popularização da ciência por meio de dois perfis no Instagram: um dedicado à divulgação das metodologias ativas no ensino (@oficinametodologiafurb) e outro focado na disseminação da Ciência e no combate à desinformação na área da saúde (@immunolovers).
A segunda experiência do painel foi apresentada pela profa. Dra. Luciana Scheleder Gonçalves, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que detalhou o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) “Paraná Faz Ciência”, voltado à criação de Clubes de Ciências em escolas de educação básica da rede estadual de ensino do Paraná.
Participação
Pamela Nayara Santos, aluna do 1º período do curso de Farmácia do Câmpus Central (CET), em Anápolis, comentou: “Achei muito interessante e queria ter a oportunidade de ir lá visitar. Fiquei com essa curiosidade de conhecer o local, para saber como eles vão atuar daqui a alguns anos, e como vai ser o treinamento para monitores. Lá também fala bastante sobre a nossa cultura. E acredito que nós, como estudantes, devemos aprender mais sobre isso”, disse, referindo-se ao trabalho apresentado no primeiro painel, pela Coepi.
Mediadora do primeiro debate, a professora Solange Xavier, do curso de Ciências Biológicas e das pós-graduações em Ensino de Ciências e Recursos Naturais do Cerrado da UEG, considerou o encontro histórico para a Universidade. Ela destacou que apesar das várias ações pontuais já realizadas com colegas da UEG, é a primeira vez que a instituição organiza um evento de grande porte para apresentar à sociedade seu papel não apenas na produção, mas também na divulgação do conhecimento científico. “Queremos com isso fazer com que as pessoas entendam que a ciência está em todo lugar; que a gente precisa também explorar o conhecimento científico do Cerrado, que é o nosso quintal, tão rico em recursos e que, muitas vezes, por falta desse conhecimento científico, acaba menosprezado, explorado de maneira irresponsável, predatória. Acreditamos que levando esse conhecimento, podemos mudar comportamentos e a realidade das pessoas”, afirmou.
O Encontro Goiano de Popularização da Ciência foi organizado pela “Rede Pop Ciência Brasil”. Criada este ano por professores e pesquisadores da UEG, a entidade é presidida pela profa. Dra. Andréia Juliana Caldeira, docente do Câmpus Central, em Anápolis. A rede busca reunir esforços de instituições ligadas à ciência, como institutos de pesquisa, planetários e museus de todos os estados, para alcançar uma maior repercussão na popularização da ciência no país.
(Comunicação Setorial|UEG)