No segundo dia do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (Cepe|UEG), uma série de palestras e painéis abordou temas relevantes para a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Na segunda-feira à tarde, a Arena do Conhecimento 3 recebeu o primeiro painel da sessão "Saberes regionais, saúde e sociedade no contexto do Cerrado", que abordou o tema “Como o potencial de bioprospecção do Cerrado pode contribuir para a promoção da saúde pública?”.
O painel contou com a presença dos professores Dr. João Paulo Martins do Carmo (UEG Câmpus Sul - Itumbiara) e Dra. Joelma Abadia Marciano de Paula (representante da Rede Nacional de Especialistas em Terapias Avançadas - Renac e UEG Câmpus Central - Anápolis). A mediação foi realizada pela Dra. Patrícia Ferreira da Silva Castro, do Comitê de Ética em Pesquisa da UEG.
Os especialistas discutiram o potencial do Cerrado como fonte de plantas e compostos medicinais, enfatizando a relevância da pesquisa científica e da conservação da biodiversidade. A profa. Joelma apresentou o projeto "Condefé", que investiga plantas como a cagaita e a gabiroba por suas propriedades terapêuticas. “Essas plantas possuem grande potencial para a saúde e precisam ser estudadas a fundo, para que possamos entender melhor seus benefícios e ampliar suas aplicações”, afirmou.
O prof. João Paulo abordou a importância do Cerrado no combate às doenças tropicais negligenciadas (DTNs), destacando o papel da biodiversidade local no desenvolvimento de soluções para essas enfermidades. “Investir em pesquisa e na conservação do Cerrado traria avanços para a saúde pública e promoveria o desenvolvimento sustentável da região”, disse.
Conexão entre conhecimento acadêmico e local para a saúde e sustentabilidade
O segundo painel, também parte da área temática “Saberes regionais, saúde e sociedade no contexto do Cerrado”, destacou a união entre conhecimento acadêmico e saberes locais para o bem-estar humano. A profa. Dra. Josana de Castro Peixoto (Teccer - UEG, Câmpus Central, UnU Anápolis) abriu a sessão com o tema "Como a integração entre saberes locais do Cerrado e experiências de ensino, pesquisa e extensão contribui para o bem-estar humano?", ressaltando a importância do conhecimento tradicional indígena.
A profa. Dra. Cibelle Kayenne Martins Roberto Formiga (PPGCAPS - UEG, Câmpus Metropolitano, Goiânia) aprofundou o tema discutindo o impacto das mudanças climáticas na vulnerabilidade infantil, ligando o contexto ambiental ao desenvolvimento das crianças. A mediação foi feita pela Dra. Raphaela Gomes, da Agência de Inovação da UEG, que promoveu reflexões sobre a importância do diálogo entre academia e comunidades locais no fortalecimento da saúde e da sustentabilidade no Cerrado.
(Comunicação Setorial|UEG)