Na última terça-feira, 8 de outubro, a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sediou o Seminário de Marco Zero da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro-Oeste, evento que marca o início de das atividades do Fórum Nacional de PróReitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop). O seminário contou com a participação de programas de pós-graduação e suas respectivas pró-reitorias de pesquisa, abrangendo áreas estratégicas como Bioeconomia, Biotecnologia e Biodiversidade, visando a formação de recursos humanos qualificados.
A Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi representada no seminário pelo reitor, prof. Antônio Cruvinel, que destacou a relevância do evento e a participação da instituição: “Estamos no Seminário de Marco Zero da Capes, onde os projetos da Rede Centro-Oeste serão apresentados. A UEG apresentará um projeto importante para o desenvolvimento da nossa universidade, marcando um momento significativo de avanço e crescimento”.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG, prof. Dr. Claudio Stacheira, que também coordena o Foprop no Centro-Oeste, esteve presente na mesa de abertura, junto da presidente da Capes, profa. Dra. Denise Carvalho. O evento incluiu discussões sobre o papel das redes de pesquisa no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação.
Rede HidroCerrado
Uma das principais iniciativas apresentadas no evento foi o projeto da Rede de Pesquisa em Segurança Hídrica e Sociobiodiversidade para o Desenvolvimento Sustentável do Cerrado (Rede HidroCerrado). Segundo a profa. Dra. Samantha Caramori, da UEG, que apresentou a iniciativa, "a Rede HidroCerrado tem como objetivo desenvolver pesquisas de forma integrada para compreender as causas, os impactos ambientais e processos histórico-sociais ligados aos rios do Cerrado, além de monitorar a qualidade da água e mitigar os efeitos da contaminação por poluentes por meio de soluções baseadas na natureza". A metodologia proposta busca compartilhar conhecimentos e recursos entre as instituições participantes, visando diminuir as assimetrias e melhorar a formação de mestrandos e doutorandos.
A expectativa para a rede é promover um intercâmbio intenso entre docentes e discentes, o que poderá fortalecer a produção científica na região. "Esperamos que os projetos de pesquisa sejam desenvolvidos de forma multi e interdisciplinar, aproveitando o conhecimento e a estrutura das instituições. Com isso, visamos a melhoria na qualidade dos estudos, publicações de maior impacto e a consolidação dos programas de pós-graduação da rede", destacou a profa. Samantha. Ela ainda ressalta que a internacionalização será um componente essencial para a excelência da pós-graduação, permitindo a formação de profissionais altamente qualificados.
Seminário de Marco Zero
Outras instituições também apresentaram propostas inovadoras no seminário, como a Universidade Federal de Goiás (UFG), com estudos sobre fungos do bioma Centro-Oeste; e o Instituto Federal Goiano (IFGoiano), que destacou pesquisas sobre bioeconomia e bioprodutos.
A programação do evento incluiu mesas de debate sobre projetos coordenados por instituições do Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. Entre os temas abordados, destacaram-se os sistemas agropecuários de baixo carbono para o Cerrado e Pantanal, o desenvolvimento de bioinsumos para pecuária e o combate a arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.
O seminário reafirmou o compromisso das universidades e institutos da região Centro-Oeste com o desenvolvimento sustentável, contribuindo para a consolidação da pesquisa científica e para a formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios ambientais e sociais da região.
(Comunicação Setorial |UEG)