O projeto de extensão “Diversidade na universidade: incluir é o caminho”, desenvolvido pelo Câmpus Norte da Universidade Estadual de Goiás (UEG), com sede em Uruaçu, está promovendo oficinas inovadoras de construção de recursos pedagógicos inclusivos. Durante esses encontros, acadêmicos dos cursos de Direito, Pedagogia e História dedicam-se à confecção de materiais didáticos especialmente projetados para alunos com deficiências e transtornos.
Os realizadores do projeto ressaltam que os materiais são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades essenciais, como coordenação motora, atividades da vida diária, atenção e concentração, raciocínio lógico, linguagem e comunicação.
A docente Alice Gonçalves, uma das responsáveis pela iniciativa, explica que os materiais são voltados para trabalhar com crianças de até o 5º ano do ensino fundamental, tendo em vista que, ao final do projeto, todos os recursos pedagógicos confeccionados serão doados às Salas de Recursos Multifuncionais do município de Uruaçu. “Para a maioria dos recursos, deixamos que os próprios universitários pudessem escolher o que produzir, mas temos oficinas específicas para construir materiais para acadêmicos surdos e para trabalhar com crianças com deficiência intelectual, por exemplo”, acrescenta a professora.
Entre as oficinas, destacam-se as de Libras (Língua Brasileira de Sinais), aulas sobre os direitos das pessoas com deficiência, palestras sobre inclusão e acessibilidade e discussões aprofundadas sobre a cegueira. Essas atividades não apenas ampliam o conhecimento dos acadêmicos e da comunidade local, mas também reforçam a importância da inclusão e da equidade no ambiente educacional.
Adesão
O projeto está em sua segunda edição. Segundo a professora Alice, o projeto foi idealizado porque, inicialmente, o câmpus percebeu a necessidade de incluir acadêmicos com deficiência. “Quando começamos, houve muita procura. Tivemos de realizar os encontros duas vezes ao dia, de manhã e à noite, para conseguirmos atender o público”. Este ano, as ações continuam sendo desenvolvidas em dois períodos, com a diferença que o projeto passou a ser anual. “Ano passado [o projeto] foi semestral. Esse ano, além de anual, temos essa novidade, que é a confecção dos materiais”, destaca. A professora ressalta que os resultados da iniciativa se refletem na forma como os próprios universitários agora interagem com os acadêmicos com deficiência, contribuindo para promoção de uma educação mais inclusiva.
Coordenadora do Câmpus Norte, a professora Jordana de Castro destaca a dedicação das professoras de apoio do câmpus na realização das atividades: “Fortalece o vínculo delas não somente com as alunas com deficiências que elas acompanham, mas também com toda a dinâmica do câmpus, inserindo fortemente a pauta da inclusão no ambiente acadêmico. Temos sentido que a comunidade acadêmica, ao passo que vai aprendendo sobre inclusão, tem, de fato, buscado construir um ambiente mais diverso e equitativo”, conclui.
A equipe responsável pelo projeto é composta pelas professoras Jordana de Castro, Alice Gonçalves, Ana Paula, Elba Ferraz, Érica Nelcina e Kállitta Castro.
(Comunicação Setorial|UEG)