Criado a partir da resolução do Conselho Superior Universitário (CsU) n. 996/2021 e vinculado ao gabinete do reitor, o Núcleo Intersetorial de Direitos Humanos, Acessibilidade e Ações Afirmativas da Universidade Estadual de Goiás (Niaaf|UEG) é responsável por implementar e gerir as políticas de direitos humanos, acessibilidade e promoção de ações afirmativas da UEG.
O Niaaf visa garantir que os grupos mais vulnerabilizados da comunidade acadêmica, especialmente do corpo discente, consigam percorrer a trajetória acadêmica com sucesso.
O núcleo é composto por uma equipe técnica e uma equipe intersetorial que engloba as Pró-reitorias de Graduação, de Pesquisa e Pós-Graduação, e de Extensão e Assuntos Estudantis. Compõem a equipe intersetorial o prof. Dr. Rezende Bruno de Avelar, a prof. Dra. Poliene Soares dos Santos Bicalho, a prof. Dra. Sandra Máscimo da Costa e Silva e o prof. Me. Flávio Alves Barbosa. A equipe técnica conta com o assistente social Me. Júlio César Xaveiro dos Santos.
As principais e mais constantes ações são as de atendimento às pessoas com deficiência (PCD). O coordenador do Niaaf, prof. Dr. Rezende Bruno de Avelar, explica que a UEG tem cerca de 300 alunos com deficiências mapeados em toda a universidade. As deficiências são diversas, desde deficiências físicas, auditivas e visuais e também pessoas dentro do espectro autista.
"Com a evolução da medicina e diagnósticos mais precisos, tratam-se de grupos que vão se acentuando e precisam de atenção especializada e acompanhamento específico. A nossa política principal é garantir professor de apoio, o que é um avanço para a universidade", diz Rezende.
Hoje, a UEG conta com quase 80 professores de apoio, divididos em três perfis: intérprete, leitor/escrevente e cuidador.
A solicitação de um professor de apoio é um direito do estudante. Para solicitar, basta entrar em contato com a secretaria de cada câmpus ou unidade universitária. O professor Rezende explica ainda que o laudo médico não é um documento obrigatório para o garantimento da atenção especializada.
Em 2024, o Niaaf contou com o reforço da contratação de 14 assistentes sociais, que foram aprovados em concurso público e já tomaram posse. Além destes, outros 25 assistentes sociais e 9 psicólogos aguardam nomeação.
As contratações fazem parte de um movimento de descentralização das ações através da formação dos Comitês Regionais de Direitos Humanos, Acessibilidade e Ações Afirmativas (Craaf). Os Craaf serão responsáveis pelo acompanhamento local nos câmpus e unidades universitárias da UEG.
O Niaaf ainda atua no acompanhamento das demandas psicossociais de alunos refugiados, indígenas, negros e quilombolas. Além disso, também trabalha conjuntamente com o Núcleo de Seleção e Pró-reitorias nas políticas de inclusão, bolsas e sistemas de cotas.
Por fim, os integrantes do Niaaf participam de fóruns e outros eventos de direitos humanos e grupos vulnerabilizados, representando a UEG e buscando atualização e troca de experiências.
O prof. Rezende ressalta a importância do trabalho do Niaaf. "A missão do Niaaf é cumprir direitos e, ao cumpri-los, estamos garantindo a cidadania e a dignidade dessas pessoas. A universidade, enquanto instituição pública, ganha muito ao dar respostas às demandas que a própria sociedade nos apresenta", diz.
(Comunicação Social|UEG)