A Universidade Estadual de Goiás (UEG) realizou na última quarta, 21, a conferência inaugural dos laboratórios Cear, Lhema e Nudhem, no auditório dos mestrados, no prédio da Administração Central da Universidade, em Anápolis. O encontro contou com apresentações culturais e debates importantes em prol da luta, defesa e reparação dos direitos humanos na Universidade.
A profa. Dra. Gercinair Silvério Gandara e o prof. Dr. Rosivaldo Pereira de Almeida apresentaram os laboratórios em que coordenam, respectivamente, o Lhema e o Nudhem.
Um dos palestrantes convidados foi o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Pedro Wilson Guimarães, que trouxe o tema: "Os direitos humanos e ambientais de Goiás'.
Segundo ele, os direitos humanos representam uma luta que deve ser permanente e engloba um leque de direitos. “É sobre viver, viver bem e viver em convivência”. E parabeniza a Universidade pela iniciativa. “Agradeço à UEG pela coragem de fazer uma abordagem séria sobre o tema e materializá-lo na inauguração desses laboratórios”.
Também participou do debate, o professor Dr. André Munhoz de Argollo, que fez uma articulação sobre o tema “O café em São Paulo: cultura, território e direitos humanos". O professor é um dos pesquisadores que colaboram com o Laboratório de História e Estudos Multidisciplinares de Ambientes (Lhema).
André integra o quadro de docentes da Universidade de Campinas (Unicamp) e trouxe uma revisão histórica, desde a saída do café da Etiópia, passando pela Arábia, Europa e a chegada ao Brasil. De acordo com ele, o ciclo do café modificou radicalmente a estrutura social e econômica do Brasil, conduzindo o país a um rápido e profundo processo de urbanização e industrialização. “A partir da produção cafeeira foram introduzidos novos paradigmas no espaço rural e urbano, ligando-se diretamente com a riqueza detida pela classe dominante”, explica.
O Núcleo de Direitos Humanos, Educação e Movimentos Sociais (Nudhem) foi fundado em 2013 na Cidade de Goiás, como um espaço para debater movimentos sociais, direitos humanos, ensino, pesquisa e extensão. Segundo o Prof. Dr. Rosivaldo Pereira de Almeida, “além de realizar ações importantes, é antes de tudo, um espaço de denúncia”.
O Lhema foi pensado desde 2010, com fundação em Pires do Rio, depois transferido para Uruaçu e agora tem sua inauguração em Anápolis. Os estudos a serem conduzidos no Lhema, de acordo com a professora Gercinair Gandara, pretendem tratar a questão ambiental e aumentar a ampliação e aprofundamento dos estudos no campo do meio ambiente provenientes de outras áreas do conhecimento. “O laboratório nasce com a proposta de integrar pesquisas e parcerias, dessa forma, todos são bem-vindos para participar e nos ajudar a construir o Lhema nesse novo espaço físico”.
Os laboratórios integram o Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede da Universidade Estadual de Goiás (Cear|UEG).
Convênio
A possibilidade de estabelecer um convênio entre a UEG e a Universidade de Campinas (Unicamp) foi discutida numa reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 21 de junho, na Reitoria da UEG, em Anápolis.
Participaram do encontro a chefe de gabinete da UEG, professora Cristhyan Martins Castro Milazzo; a pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis, professora Sandra Máscimo; a gerente de Convênios e Captação de Recursos, Neusa Maria Ravaroto; a professora Gercinair Silvério Gandara, do Cear; e, por parte da Unicamp, o professor André Munhoz Argollo Ferrão.
A ideia é, inicialmente, o convênio entre as duas instituições abranger as áreas de educação a distância, extensão e projetos de pesquisa.
A chefe de gabinete, Cristhyan Milazzo, disse que um convênio entre as duas universidades é bem-vindo e que a tramitação da minuta deve ser iniciada em breve.
(Gilnara Peixoto, estagiária de Jornalismo| Comunicação Setorial|UEG)