O Câmpus Oeste da Universidade Estadual de Goiás (UEG), com sede em São Luís de Montes Belos, apresentou no último mês de outubro os resultados da pesquisa "Produção de novilhos Belgian Blue x Nelore em áreas de integração com Urochloa brizantha cv. Marandú".
O projeto foi elaborado após assinatura de um convênio entre a Universidade Estadual de Goiás e a Universidade de Liège, da Bélgica, e foi executado por meio de um termo de cooperação técnica e financeira firmado entre a UEG e o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec).
O estudo objetiva a produção de bovinos por meio do cruzamento entre as raças Nelore e Belgian Blue e avaliar várias de suas características, como os padrões comportamentais; a produção de leite; os índices produtivos e seus reflexos na produção de bezerros; as características de crescimento da pastagem; os sistemas de terminação em pastagem e em confinamento de novilhos Nelore e mestiços Belgian Blue e Nelore; e as características de carcaça e da carne de bovinos Nelore e dos animais oriundos do cruzamento com a raça Belgian Blue, entre outros aspectos avaliados pela pesquisa.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Dr. Rodrigo Medeiros da Silva, os resultados dessa primeira etapa demonstraram que animais ½Belgian Blue ½Nelore oriundos de cruzamento industrial apresentaram bom desempenho e peso no momento da desmama, além do período da recria, se mostrando eficientes para ganho e rusticidade.
Ele explica que a pesquisa irá contribuir com a cadeia produtiva de carne, já que os animais oriundos do cruzamento entre as raças Belgian Blue e Nelore se mostraram como boa alternativa para produção de bovinos de corte submetidos às condições ambientais do centro-oeste goiano. Esse cruzamento pode ser uma alternativa ao produtor, que poderá criar os animais nas condições edafoclimáticas do centro-oeste sem que sofram com o estresse térmico, possibilitando aumento na produção de arrobas por hectare, contribuindo assim com a pecuária goiana e brasileira. "Temos certeza que a pesquisa, que ainda continua, está contribuindo para o setor da pecuária, que se torna cada vez mais competitiva com outros setores do Agronegócio brasileiro", completa o professor.
(Comunicação Setorial|UEG)