A Universidade Estadual de Goiás (UEG) celebra neste sábado, 22 de outubro, os 60 anos de história da Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (Eseffego).
Fundada em 1962 com o intuito de atender a demanda das escolas públicas e privadas, implantar e difundir o ensino da educação física e dos desportos e de realizar pesquisas sobre a educação física, a Eseffego cresceu e se tornou uma referência para o esporte estadual e nacional.
De início, a então chamada Escola Superior de Educação Física do Estado de Goiás – Esefego, com um “F” – ofertava apenas o curso de Educação Física, com o objetivo de formar professores licenciados para suprir a necessidade de profissionais da área à época. Em 1994, com a criação do bacharelado em Fisioterapia, curso pioneiro na região Centro-Oeste, o nome da instituição foi alterado para Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás e sua sigla ganhou mais um “F”. Em 1999, a Eseffego passa a integrar a recém-criada UEG como Unidade Universitária.
A diretora do Instituto Acadêmico de Ciências da Saúde e Biológicas da UEG, professora Michelle Ferreira de Oliveira, diz que falar da Eseffego é falar da história da Educação Física e da Fisioterapia da região Centro-Oeste do País. "Uma das instituições pioneiras nessas duas áreas, a Eseffego sempre esteve a frente do seu tempo, seja na formação, na articulação política, no incentivo às práticas corporais, nas pesquisas, no esporte etc. Para além das relações profissionais, a Eseffego tem muita história para contar", enaltece a professora.
O coordenador da UnU de Goiânia - Eseffego, professor Wilmont de Moura Martins, explica que as contribuições da instituição para o esporte passa pelo desenvolvimento de projetos de assessoria e avaliação em parceria com clubes e associações e, principalmente, na formação de profissionais qualificados para desempenharem trabalhos em comissões técnicas multidisciplinares como técnicos, preparadores físicos e fisioterapeutas. “Atualmente, nosso curso de Educação Física é referência nacional no processo de estruturação das adequações às novas diretrizes nacionais da Educação Física. Temos sido procurados por várias instituições de ensino superior de todo o Brasil para apresentarmos e orientarmos na reformulação dos currículos de seus cursos”, completa.
Um grupo de docentes da instituição – prof. Wilmont, prof. Paulo Ventura, prof. Reigler Pedrosa e prof. Rodrigo Roncato – teve participação decisiva no debate junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE) durante o processo de gestação dessas novas diretrizes. Em função disso, a Unidade foi uma das primeiras instituições que aprovou e colocou em prática uma formação integrada na área da Educação Física, proposta que tem se tornado uma tendência para a formação na área.
Os cursos oferecidos pela Eseffego (Educação Física – licenciatura, bacharelado e integrado – e Fisioterapia – bacharelado) são modelo para o estado e o País. Em pesquisa recente realizada pelo Grupo de pesquisa “Corpo e Mente” verificou-se que nos concursos públicos e de acesso a programas de Pós-Graduação, os egressos da Eseffego têm obtido sucesso em quantidade de aprovações e nas colocações entre os aprovados. “Outro elemento importante é que a partir de 2023 nossa UnU vai passar a ofertar um novo curso na área da saúde. Vem aí o curso de Biomedicina”, destaca o prof. Wilmont.
Além das graduações, a Eseffego conta ainda com vários projetos de extensão que atendem crianças, jovens, adultos e idosos e transportam os saberes produzidos na Universidade para a sociedade, oportunizando a ligação da academia com a população.
Labbrinc
O projeto Labbrinc (Laboratório de Esporte, Jogos e Brincadeiras), por exemplo, visa atender a comunidade infantil de Goiânia com o objetivo de resgatar a cultura lúdica na infância através de vivências em atividades de jogos e brincadeiras. Tem também como meta auxiliar na formação de alunos do curso de Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) e promover formação continuada aos professores da educação básica que atuam na área de Educação Física através de reuniões, encontros de estudos sistematizados.
Um dos idealizadores do projeto, professor Renato Coelho, afirma que a relevância do projeto, além de produzir cultura infantil através da vivência de crianças no universo lúdico dos jogos, está também no preenchimento de uma grande lacuna que existe na formação docente em educação física no que tange o universo da educação infantil. “Neste projeto a Educação Física é tratada como componente curricular fundamental da escola e os conteúdos relacionados aos jogos e às brincadeiras na infância considerados como parte constitutiva da chamada cultura corporal. A atividade mais importante na infância é o brincar, quando as atividades lúdicas ocupam papel fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças (cognitivo, emocional, motor etc.)”, esclarece.
Saiba mais sobre o projeto aqui.
Ioga para idosos
Já o projeto “Ioga para idosos”, coordenado pela professora Conceição Viana de Fatima, oferece aulas de Ioga para a comunidade idosa com o objetivo de proporcionar a prática corporal para as pessoas com mais de 60 anos, melhorando sua capacidade respiratória, aumentando sua força muscular, flexibilidade articular, equilíbrio corporal, além da concentração mental e o controle. “Como discente, a experiência de participar do projeto, proporciona o conhecimento e a vivência de uma Prática Corporal Alternativa (PCA) que é bastante buscada atualmente. Também vai oferecer a visão da diversidade da cultura corporal do movimento e suas diferentes linguagens”, ressalta.
Musculação funcional para idosos
Outro projeto voltado à terceira idade é o “Musculação funcional para idosos”, coordenado pelo professor Wagner Luiz Figueiredo, que oferece programas de treinamento individualizados para pessoas com mais de 60 anos.
A ideia do projeto é propiciar a prática de atividade física de forma segura e orientada para a terceira idade, buscando a melhoria da capacidade funcional dos idosos.
O professor Wagner argumenta que a população idosa aumentou substancialmente nas últimas décadas e a expectativa de vida das pessoas continua aumentando a cada dia. “Ao iniciar a fase da terceira idade, é essencial desenvolver a prática de atividades físicas, sendo que a mais recomendada para as pessoas idosas é a musculação”, completa.
Cignus
Coordenado pela professora Michelle Oliveira, o Grupo Cignus promove Ginástica Para Todos e já representou o estado/País em 2 Gymnastradas Mundiais: em Helsinque na Finlândia em 2015 e na Austria em 2019.
O grupo já se prepara para representar a UEG em Amsterdã na Holanda em 2023. "É a internacionalização da Universidade por meio da extensão universitária", aponta a professora Michelle.
(Comunicação Setorial|UEG)