Estudantes do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Goiás (UEG) competiram e se destacaram nas Paralimpíadas Universitárias, realizadas de 16 a 19 de setembro no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP).

As Paralimpíadas Universitárias 2021 foram realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e Ministério da Cidadania por meio da Secretaria Especial do Esporte, com apoio do Governo do Estado de São Paulo e do Conselho Federal de Educação Física (Confef). O evento tem por finalidade estimular a participação dos estudantes universitários com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil.

Geovana Ramos Rodrigues, que treina atletismo desde criança, trouxe para casa duas medalhas. Ela tirou ouro no salto em distância e prata no lançamento de dardo. Já na prova dos 100 metros, conquistou o 4º lugar. Aos 23 anos, ela cursa o 8º período do curso de Educação Física na UEG. "Os desafios são muitos, mas o principal é a falta de patrocínio, já que o paradesporto é esquecido. Para superar por um devido tempo acabei fazendo vaquinhas on-line e vendas de bombons para conseguir chegar a cada competição", relembra.

Já Manoel Roseno Pereira Lima conquistou a prata no parabadminton categoria simples e bronze na competição em duplas. "Sei que poderia ter saído melhor, mas fiquei feliz. Acredito que ganhei muita experiência na competição". Hoje com 26 anos, o estudante começou no esporte em 2019 e se sentiu motivado a encarar a Educação Física como graduação. Mesmo encontrando desafios no que se refere à mobilidade urbana, o estudante encontra alegria no esporte.

Raysson Ferreira de Abreu Silva também participou da competição e ficou em 7⁰ lugar na prova dos 50 metros nado livre. Amante do esporte desde pequeno, conheceu as paralimpíadas em 2018 e de lá pra cá vem se destacando. Atualmente, com 21 anos de idade, treina nas modalidades de vôlei sentado, jiu-jitsu e natação, além da musculação. Ele concilia as atividades com os estudos, já que faz parte da primeira turma da matriz 2021/1 de licenciatura e bacharelado em Educação Física da UEG. "Eu procuro ser o melhor a cada dia. Meu treinador e minha professora foram fortes influências para eu começar o curso de Educação Física. São dois professores excelentes, profissionais capacitados, e eu decidi cursar Educação Física para mudar a vida de outras pessoas como eles fizeram com a minha", destaca.

Acompanhados pelo dirigente esportivo da UEG, coordenador setorial de Educação Física da UnU Itumbiara e dirigente-técnico de atletismo da seleção goiana universitária nas paralimpíadas, professor Ernesto Flávio Pereira, a comitiva goiana fez bonito nacionalmente. "A participação dos estudantes deficientes em eventos sócio-desportivos e competitivos é um grande caminho para ampliação dos seus conhecimentos acadêmico-científicos. Uma das características marcantes percebida é a aquisição de autonomia para tomada de decisão e iniciativa em viajarem sozinhos com outros dirigentes institucionais de confiança, de conhecerem outras pessoas com inúmeras deficiências das IES da delegação de Goiás e de outros estados do Brasil e suas histórias de superação e desafios para levantar a cabeça e continuar". O professor comemora o desempenho da delegação goiana, que apresentou resultados inéditos para UEG em âmbito nacional. "Que esses resultados expressivos possam representar o esforço para continuar seus estudos, conseguirem apoio necessário aos treinos, ter uma profissão e serem cidadãos de referência para a comunidade acadêmica e sociedade", diz.

(Comunicação Setorial|UEG)