Neste 16 de abril, a Universidade Estadual de Goiás chega aos 22 anos. Nessas mais de duas décadas presente em todas as regiões do estado, formou milhares de estudantes e tem contribuído com o desenvolvimento de Goiás. Hoje, o projeto UEG 22 anos traz hoje uma entrevista com César Moura, secretário estadual da Retomada. Egresso da Universidade, ele fala dos conhecimentos em Ciências Econômicas adquiridos na instituição e a aplicação no mercado de trabalho. César também discorre sobre a importância da UEG no processo de desenvolvimento do estado de Goiás, sobretudo neste momento de pandemia, com contribuição da Universidade na retomada econômica dos goianos por meio de uma parceria com a Secretaria da Retomada, que foi criada em 2020 pelo Governo do Estado com esse objetivo.
Entrevista – César Moura – Secretário Estadual da Retomada
Comunicação Setorial – Qual curso fez na UEG?
César – Fiz o curso de Ciências Econômicas, na Unidade Universitária de Anápolis – CSEH.
Comunicação Setorial – O que levou o senhor a escolher esse curso?
César – Eu tenho uma irmã que é economista, ela até é servidora da Prefeitura, e um tio em São Paulo, que também é economista e trabalho com comércio exterior e eu vi que o curso da UEG era mais voltado ao mercado de trabalho, estava mais atualizado. Passei no vestibular na Universidade Católica, em Goiânia, e na UEG, em Anápolis. Então preferi fazer em Anápolis porque achei a linha mais assertiva, mais para o mercado de trabalho, mais para o futuro.
A trajetória durante o curso foi excelente. Fiz muitos amigos, uns são amigos até hoje, professores amigos. Inclusive a professora Alda trabalha comigo aqui na Secretaria da Retomada. Eu pegava o ônibus todos os dias para ir para Anápolis, saía de Goiânia às seis da tarde e só chegava em casa por volta de onze e meia da noite.
Comunicação Setorial – Qual a importância da UEG para a formação pessoal e profissional do senhor?
César – Eu vejo que a matéria mais ligada à atividade profissional, antes de estar aqui, servindo ao Estado neste momento, era a parte de projetos e viabilidade econômica. Então, a atenção que eu tive na Universidade para fazer projetos de viabilidade, estudar essa matéria, era uma atenção mais aprofundada e fez grande diferença profissional para mim. Eu consegui trabalhar a minha carreira profissional como projetista na parte de viabilidade econômica graças a essa matéria que era ofertada por um ano, diferente de outras instituições que era por seis meses.
Comunicação Setorial – Ao concluir o curso, as expectativas se concretizaram no mercado de trabalho?
César – Assim que eu concluí o curso mudei para Rio Verde, onde fiquei por um ano tentando a vida empresarial. Depois retornei a Goiânia e já comecei a trabalhar com projetos de viabilidade econômica para produzir, fomentar, por meio do antigo Goiás Industrial, do FCO. Então já comecei nessa trajetória, fazendo consultorias para empresas, planejamento, renegociação de dívidas. Fiquei nessa carreira até 2019, quando aceitei o desafio de trabalhar no Governo do Estado de Goiás.
Comunicação Setorial – O senhor está atuando como secretário da Retomada, nesse momento muito difícil, com desafios pela frente. Como a UEG pode contribuir com a retomada econômica do Estado?
César – A UEG já está contribuindo. Ela faz parte de todos os nossos projetos. A gente tem projeto juntos em São Luís de Montes Belos, no Biotec, um projeto fantástico que está sendo desenvolvido; em Pirenópolis fizemos um trabalho fantástico com artesanato; fizemos dois webinares juntos para levar ao meio acadêmico o que estamos fazendo e porque estamos fazendo. Trazer a Universidade Estadual de Goiás para discutir os assuntos nesse momento é muito importante. No curso de Economia estudamos a macroeconomia e a microeconomia e hoje, na Secretaria da Retomada, a gente consegue ver em prática as duas matérias. A gente consegue ver onde elas são fundamentais para conseguir gerar emprego e renda. E é uma alegria ter a parceria da UEG na Secretaria da Retomada.
Comunicação Setorial – Na Secretaria, atuando com projetos em todo o estado, o senhor visualiza a importância da UEG no desenvolvimento de Goiás?
César – Um exemplo prático é Minaçu, no Norte do estado. Lá, junto com a UEG, estamos formando uma cooperativa de piscicultura. Uma cidade emblemática, que tem a força na mineração muito grande, que ficou refém dessa receita e pode ficar novamente, e a gente tem o desafio de pegar a região e criar uma segunda ou terceira atividade econômica para evitar que o município fique exposto numa possível perda de atividade econômica. E esse trabalho é simbólico e a UEG está conosco desde o começo estudando, qualificando, pesquisando os resultados. É um case que vamos deixar para os próximos alunos da UEG, para a população de Goiás e do Brasil de como não deixar uma cidade dependente de uma única atividade econômica.
Comunicação Setorial – Qual a visão geral que o senhor tem da UEG na atualidade?
César – A UEG está no caminho certo. Está sendo estruturada para trabalhar mais com pesquisa, estando mais próxima do que acontece nas cidades. Que os alunos fiquem mais próximos da realidade, para verem como a teoria funciona na parte real. A UEG é a nossa universidade, a gente tem que lutar por ela e inseri-la em todos os assuntos do Estado. A gente tem que ter a opinião da UEG, o braço da UEG em todas as situações.
(Dirceu Pinheiro|Comunicação Setorial|UEG)