O Grupo de Pesquisa 'Manejo, Tratos Culturais e Melhoramento de Espécies Perenes e Anuais' (MT Mespa), criado em 2016, é coordenado pela Doutora em Genética e Melhoramento de Plantas, Jôsie Cloviane de Oliveira Freitas, docente da UEG Câmpus Posse e professora do Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da UEG Câmpus Ipameri.
A pesquisa desenvolvida pelo MT Mespa consiste na introdução e avaliação de material genético de espécies perenes (maracujá) e anuais (milho pipoca); teste e recomendação de cultivares (espécies de plantas que foram melhoradas devido à alteração ou introdução de uma característica que antes não possuíam); estudos genéticos; obtenção e condução de populações segregantes; obtenção e registro de cultivares com alto potencial genético para o estado de Goiás.
O Grupo de Pesquisa já conta com dezessete famílias ou progênies, obtidas através de cruzamentos controlados em cultivos comerciais na região nordeste do estado. Desta forma, o programa de melhoramento do maracujazeiro da UEG Câmpus Posse está conduzindo populações segregantes para futuramente obter cultivares promissoras e adaptadas à região e, então, registrá-las no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e disponibilizar aos agricultores.
Desde 2016, estão sendo realizados ensaios com cultivares comerciais, principalmente no nordeste goiano. O grupo também vem desenvolvendo trabalhos de caracterização e estudo de divergência genética com variedades e espécies de feijoeiros, cujas sementes foram doadas por produtores locais, além de trabalhos de introdução e avaliação de cultivares de milho pipoca em vários locais no estado do Goiás e de identificação de biótipos de capim amargoso resistente ao glifosato.
A pesquisa visa incentivar o pequeno agricultor do nordeste goiano, fornecendo informações técnico-científicas para que ele invista no cultivo de frutíferas, como o maracujá, e espécies anuais, como o milho de pipoca, de forma aumentar sua renda, contribuindo assim para o desenvolvimento regional.
Os resultados obtidos até o momento já permitem recomendar algumas cultivares comerciais de maracujazeiro que obtiveram bom desempenho agronômico sob as condições edafoclimáticas do nordeste goiano. Percebeu-se um aumento de pessoas interessadas em plantar maracujá na região e alguns agricultores inclusive já receberam recomendações e orientações para o cultivo.
(Daniel Prates|CeCom|UEG)