O Relatório de Situação e Gestão da Universidade Estadual de Goiás (UEG), lançado no fim de 2018, aponta para a possibilidade de interrupção do crescimento da Universidade caso não haja suplementação orçamentária. Entre os destaques do relatório está o aumento na oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, a abertura de novos cursos, o aumento no número de projetos de pesquisa e extensão, a mudança na grade curricular e as ferramentas que a UEG encontrou para superar o problema de vagas ociosas.
Enquanto em 2012 a Universidade contava com 16 mil estudantes, este número passou para mais de 20 mil em 2018 - um aumento de mais de 25%. O mesmo avanço é observado na área da pesquisa, em que o número de projetos aumentou de 296 para 1.887 no mesmo período - mais de 600% de crescimento. Na extensão o aumento foi de 362%, passando de 237 projetos em 2012 para 859 em 2018.
Em relação às pós-graduações stricto senso, a UEG passou de 2 mestrados para 14 nesse ínterim, além da abertura de 2 doutorados. Soma-se a essa escalada a multiplicação dos cursos de lato sensu, que atualmente correspondem a 78.
Outro ganho importante da Universidade foi o Programa de Incubação de Empresas (Proin), que ao longo dos anos tem se tornado referência no Estado, sendo, inclusive, reconhecido nacional e internacionalmente pelos trabalhos realizados. Durante seu funcionamento, o Proin já realizou a incubação de 28 projetos de startups e de empresas de base tecnológica.
De 2012 a 2018, a Universidade também conseguiu a regularização fundiária de mais da metade dos imóveis em nome da UEG, a constituição de frota própria, a organização dos Jogos Universitários e a promoção de cinco edições do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEG, o Cepe.
Quando se trata da diversificação de fontes de receitas a Universidade tem feito seu dever de casa - além dos recursos orçamentários decorrentes da vinculação constitucional, a UEG mantém um esforço contínuo para captar recursos de outras fontes. Nesse sentido, as frentes de atuação se dão em duas vertentes.
A primeira delas é a prestação de serviços, tanto a outros entes públicos quanto a entes privados. A outra se dá pela captação de recursos por meio de convênios e parcerias com entidades governamentais e privadas, cujo objeto é o fomento e o desenvolvimento do ensino público superior, da pesquisa e da extensão universitária. Só em captação de recursos externos a Universidade subiu de R$ 3,7 milhões, em 2011, para R$ 33,6 milhões, em 2018.
Entretanto, mesmo com todo o esforço e com a economia advinda de ajustes em transporte e aluguéis, o documento deixa claro que sem o aumento de verbas a Instituição corre riscos.
O relatório foi apresentado ao governador do Estado à época, bem como ao então senador e governador eleito, Ronaldo Caiado. Os dados do relatório compõem um arco temporal de sete anos e apresentam os avanços que a UEG experimentou neste período e os gargalos que ainda precisam ser enfrentados pela Universidade.
Confira a íntegra do Relatório de Situação e Resultado de Gestão da UEG 2012/2018
(UEG)