8 lugares que você precisa conhecer na Cidade de Goiás

28/05/2022

 

Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés etc.

Descobertas as Minas Gerais de um lado e as minas de Cuiabá, de outro, no século XVII, uma ideia renascentista (a de que os filões de metais preciosos se dispunham de forma paralela em relação ao equador) iria alimentar a hipótese de que, entre esses dois pontos, também haveria do mesmo ouro. Assim, foram intensificadas as investidas bandeirantes, principalmente paulistas, em território goiano, que culminariam tanto com a descoberta quanto com a apropriação das minas de ouro dos índios goyases, que seriam extintos dali mais rapidamente que o próprio metal. Ali, onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1729, o Arraial de Sant'Anna, hoje Goiás, ou Cidade de Goiás, como também é conhecida.

Goiás é antiga capital do estado de Goiás. Deixou 1937 a capital foi transferida para Goiânia.Foi reconhecida em 2001 pela UNESCO como Patrimônio Mundial, por sua arquitetura barroca peculiar, por suas tradições culturais seculares e pela natureza exuberante que o circunda.

Museu Casa de Cora Coralina

A Casa foi construída por volta de 1770 teve vários moradores,dentre eles: Capitão-Mor da coroa portuguesa, falecido em 1804, Capitão José Joaquim Pulquério dos Santos, após a sua morte foi alugada ao Secretário do Governo da Capitania, Coronel José Amado Grehon. Em 1825, foi posta em hasta pública pela Fazenda Real e adquirida pelo Sargento-Mor, João José do Couto Guimarães, trisavó de Cora Coralina, passando a pertencer à família até 1985, quando a Construtora Alcindo Vieira, de Belo Horizonte a adquiriu e a doou à Associação Casa de Cora Coralina. Tem 16 cômodos, um amplo quintal e uma bica d’água potável, totalizando 3.000 m2.

O museu guarda a memória, objetos pessoais, fotografias e manuscritos de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a escritora goiana Cora Coralina, que nasceu a 20 de agosto de 1889, na antiga Vila Boa de Goyaz, hoje, Cidade de Goiás e faleceu em 1985.

As visitas guiadas podem ser feitas de terça-feira a sábado, das 9h às 16h45 e aos domingo e feriados, das 9h às 13h. O ingresso custa R$ 10,00, preço único.

 

 

Museu Palácio Conde dos Arcos

O Palácio Conde dos Arcos na cidade de Goiás foi a primeira sede dos governadores da Província de Goiás. Foi construído em 1751, na praça principal da cidade, antiga capital do Estado, pelo primeiro governador, Dom Marcos de Noronha, conhecido como "Conde dos Arcos". Atualmente o prédio conta a história dos governantes de Goiás e em seu acervo é possível conhecer mobília e objetos de época.

Em 1937, com a mudança da capital para Goiânia, o prédio passou a abrigar a Prefeitura Municipal de Goiás. Já em 1961, no governo Mauro Borges Teixeira, através do Decreto nº 48 de 26 de julho, o local foi transformado em monumento histórico e residência de inverno dos governadores. 

O museu fica na Praça do Coreto, no centro da cidade e está aberto para visitções de terça à sábado, das 08h às 17h e aos domingos e feriados, das 08h às 13h.

 

 

 

Museu das Bandeiras

O Museu das Bandeiras está sediado no antigo edifício construído para ser utilizado como Câmara e Cadeia construída em 1766 na antiga Vila Boa de Goyaz. Sua nova função foi dada em 1949, mas aberto ao público somente em 1954. Possui uma construção de 225m² em um lote 1060,8m². Ao todo são mais de 500 objetos museológicos preservados pela instituição.


Seu acervo é composto por objetos significativos da presença negra, indígena e portuguesa em Goiás. Inicialmente, foi constituído por documentos do arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Goiás e pelo mobiliário já pertencente ao edifício. Segundo o plano museológico, o acervo é composto por 573 peças, entre eles, objetos de arte sacra, mobiliário, vestuário, armamentos, utensílios e outros, confeccionados em estilos, técnicas e épocas diversas.

O museu recebe visitantes de 2ª a 6ª feira 09h as 12h / 13h as 17h.

 

 

 

Museu de Arte Sacra da Boa Morte

O Museu de Arte Sacra da Boa Morte está localizado no centro histórico de Goiás. Seu acervo é de propriedade da Diocese de Goiás e gerido pelo Instituto Brasileiro de Museus desde 2009. No seu passado, o edifício, inicialmente, foi construído para abrigar uma Igreja para Santo Antônio de Pádua em 1762. Devido a proibição real de edificações religiosas pertencentes a militares, foi doada à Confraria dos Homens Pardos da Boa Morte que em 1779 concluiu a edificação em homenagem a Nossa Senhora da Boa Morte. O edifício foi tombado pelo IPHAN em 1951 e ganhou a função de Museu em 1969.

Seu acervo é constituído por mais de 900 peças. Entre elas, artes sacras e objetos religiosos, prataria e indumentária. Inicialmente, foi adquirido através de compra de 20 peças de um antiquário feita por Dom Cândido, com seu falecimento, as coletas continuaram, mas desta vez pelo seu substituto, Dom Abel Camelo. Destaca-se as peças de arte sacra feitas por José Joaquim da Veiga Valle, este é único museu brasileiro a possuir peças suas, por ocasião das comemorações do centenário de sua morte.

O Museu da Arte Sacra, localizado na Praça do Coreto, funciona de terça a domingo, das 08 às 12h e das 13h às 17h e a entrada também é gratuita. No entanto, não se pode fotografar no interior da Igreja.

 

 

 

 

Igreja Nossa Senhora do Rosário

A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1734, dontudo, em 1930, a primeira igreja foi demolida dando lugar à atual construção, cujas fachadas são de pedras em estilo gótico e o interior repleto de pinturas do frei italiano Nazareno Confaloni.

A Igreja está localizada na Rua Luiz Guedes Amorim, 1, Goiás – GO. Entrada Gratuita. Horário das 07h às 20h.

 

 

 

Balneário Santo Antônio

Na GO-070 sentido Goiânia/Cidade de Goiás fica o Balneário e Clube Santo Antônio. O local já foi aberto, com entrada gratuita para os poços e piscinas naturais. Porém com os anos o clube se transformou e hoje possui área de camping com boa estrutura com banheiros, lanchonete e restaurante.

Além dos poços e piscinas de águas naturais com águas cristalinas, tem também piscinas com água aquecida. E, ainda, tem diversas trilhas ecológicas, de fácil caminhada para conhecer um pouco mais da beleza do Bioma Cerrado, bem preservado na região.

O Balneário Santo Antônio foi idealizado pelo casal Colombo Caiado  e Maria José Pinheiro no início da década de 1980 como forma de unir preservação ambiental, ecoturismo e geração de renda. Com a morte do casal e o passar do tempo, o local foi ganhando novas estruturas, mas mantendo a ideia inicial de preservar a natureza com ecoturismo responsável.

A entrada para banho é gratuita.

 

 

 

Largo da Carioca

Próximo da região central da cidade, o Largo da Carioca possui poços e corredeiras que são formados pelo Rio Vermelho, que corta a Cidade de Goiás. O local é cercado por árvores do Bioma Cerrado e já na entrada, onde fica o Chafariz da Carioca onde em séculos passados a população usava para buscar água, é possível conhecer um pouco da história e é onde fica o Ecomuseu Fonte da Carioca. No museu tem informações sobre a criação da fonte e das Estradas Reais do Brasil.

Já na entrada do parque tem mesas e bancos de cimento sob a sombra de árvores majestosas, além de restaurante com comida típica, parquinho para as crianças, banheiros, chafariz e um mural que conta sobre a história do lugar e como foi utilizado também para geração de energia elétrica para a cidade. É também no Parque da Carioca que fica o início da trilha para o mirante que nos proporciona uma bela vista da cidade.

A entrada do Largo da Carioca é gratuita e o acesso é bem fácil. Pode ser de carro pela terceira entrada da cidade ou a pé partindo do Centro Histórico, margeando o Rio Vermelho. Mas o ideal mesmo é sair caminhando da Casa de Cora pelas ruas de pedra, aproveitando para apreciar a beleza dos casarios e da vegetação ao longo do caminho. São apenas 500 metros de caminhada saindo do Museu Casa de Cora.

 

 

 

Rio Bacalhau

Além do Rio Vermelho, a Cidade de Goiás é banhada também pelo rio Bacalhau que forma deliciosas piscinas e poços naturais. O Poço da Espuma é uma desses locais e fica próximo ao clube da AABB, praticamente dentro da cidade. O Rio Bacalhau é bem raso e é possível explorar o local andando por seu leito. Apesar de ser raso, possui um grande poço de águas cristalinas ótimas para banho e em um local lindo.

No período que vai de novembro a abril, época de muitas chuvas na região, é possível aproveitar o volume das águas do Rio Bacalhau e se divertir em um escorregador natural. A trilha para chegar neste escorregador natural é curta e de fácil acesso. Já na época seca do Cerrado, que vai de maio a outubro, o Rio Bacalhau pode estar seco. O lugar fica no setor chamado Bacalhau por conta do nome do rio. e possui lanchonete e bar já na entrada onde tem uma praia natural com acesso ao rio.