Compartilhamos do pensamento de Paulo Freire (1999, p. 32), ao considerar que “não há ensino sem pesquisa [...] pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo, educo e me educo, ensino porque busco, porque indaguei, porque indago, e me indago, pesquiso para conhecer o que não conheço e para anunciar a novidade”. Em outras palavras, comunga-se, nesta proposta, com o pensamento de que produzir pesquisa não é um processo estanque, mas dinâmico, que visa a contribuir com o novo e, em seu esteio, com as diferentes ideias que reatualizam a comunidade acadêmica e a sociedade como um todo.
Segundo o Projeto Pedagógico Institucional da UEG – PPI - a Pesquisa desenvolvida na Universidade objetiva a produção do saber e tem na investigação científica o suporte para a resolução de questões pertinentes à melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Desse modo, ainda segundo o documento, atividade de pesquisa em conjunto com a pós-graduação contribui para a formação de recursos humanos altamente qualificados. O Comitê Institucional de Pesquisa (instituído e normatizado em 2005), objetiva incentivar a pesquisa e a iniciação científica e ainda, realizar o gerenciamento e a avaliação dos Programas de Bolsas de Iniciação Científica. Sendo indissociáveis da Pesquisa, os Programas de Pós-Graduação orientam-se por eixos temáticos de núcleos e grupos de pesquisa emergentes da Universidade, contribuindo para a consolidação dos mesmos (UEG, PPI, 2011, p. 46).
Políticas de Incentivo à Investigação Científica na UEG
Segundo o PPI (2011), a investigação científica como prática de constatação e produção do saber em sintonia com as demandas sociais busca ampliar a participação de docentes e discentes em suas ações e estreitar inter-relações com o ensino e a extensão, permitindo uma aplicação efetiva dos processos e/ou produtos desenvolvidos, almejando o bem estar da sociedade em geral.
Ainda, segundo texto publicado no documento (p. 45-46), a investigação científica inclui a iniciação científica, em todas as suas modalidades, como contexto de interação entre o professor pesquisador e o estudante de graduação, possibilitando a ambos compartilharem conhecimentos, desenvolvendo atividades marcadas pela criatividade e inovação, voltadas para a exploração de caminhos ainda não trilhados pela comunidade acadêmica local.
Nesse sentido, para a UEG, a iniciação científica é um instrumento de formação de recursos humanos qualificados e tem por objetivos estimular a vocação científica entre estudantes de graduação, mediante suas participações em projetos de pesquisa, além de iniciar o discente no exercício da metodologia científica.
A iniciação científica fornece ao discente uma orientação no intuito de integrar ensino e pesquisa de forma indissociável, possibilita aprofundamentos de sua formação, com consequente aumento em sua capacitação profissional seja para atuação no mundo do trabalho ou para atuação no mundo acadêmico articulado com o curso de pós-graduação stricto sensu.
A par disso, comungamos que as políticas de incentivo à Investigação científica, visam à inserção do docente e discente no mundo da pesquisa. Quanto ao discente, a reflexão sobre a realidade observada não é o suficiente para a problematização, é necessário que o aluno complemente suas atividades acadêmicas com questionamentos sobre a realidade e busque respostas a partir do entendimento do conhecimento concebido pelo método científico. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PBIC) é um dos Programas com os quais a Universidade conta para o incentivo do aluno que pretende desenvolver projetos na sua área de atuação. Sob essa perspectiva, vimos incentivando a participação dos docentes e acadêmicos nos projetos de pesquisa e extensão, buscando ampliar a visão científica e acadêmica, necessários ao cumprimento da função social da UEG.