A sociedade contemporânea, hoje chamada de sociedade do conhecimento, busca valorizar uma nova forma de atuação dos profissionais de todas as áreas de atuação, sendo que este determinará o fator de inclusão ou exclusão social.
O ensino de Matemática neste cenário se justifica segundo Ubiratan D’Ambrósio por três grandes objetivos: “Preparar o indivíduo para a cidadania, servir de base para uma carreira em ciência e tecnologia e estimular a criatividade”. Dessa forma o papel da escola se torna mais abrangente, superando a visão de transmissora de informações.
É fundamental a primazia do diálogo no processo educativo entre educando e educador (sinceridade e autenticidade), pois ambos se educam mutuamente: diálogo com o mundo, assim magicamente tão plural.
Outra finalidade de nossa educação é a abertura ao social. É preciso romper com o fetichismo, a alienação, do homem transformado em mercadoria, as necessidades individuais submetidas às necessidades do capital, a miséria humana, a irracionalidade, ao pensamento dogmático, excludente e exclusivo ao desperdício de riquezas materiais e atrofiamento das potencialidades humanas.
A formação de profissionais com este perfil requer dos professores universitários um posicionamento ético, capaz de recuperar em seus alunos o gosto pelo conhecimento, pelo fazer social, a busca pela pesquisa e pelo conhecimento científico, que sejam capazes de atuar de forma prática, sistematizando o aprendido e projetando-se como cidadãos cumpridores de seus deveres para com a sociedade.
A matriz curricular proposta, pretende superar a fragmentação dos conteúdos, dando ênfase à interdisciplinaridade e a integração entre as áreas, de forma a produzir conhecimentos de forma global segundo as potencialidades de cada aluno.
A atuação interdisciplinar remete a uma estratégica metodológica de cooperação, favorecendo a troca entre os grupos e produzindo conhecimentos integrados no pensamento do mundo moderno, em ambientes de discussões, descobertas e transformações.
Em relação ao ensino de matemática, a comunidade científica de educadores dessa área, concorda que é urgente a necessidade de se pensar em formas de articular o pensamento prático, a tecnologia, o raciocínio lógico, a Filosofia e outras ciências, para se produzir conhecimento de forma a atender às exigências do mundo globalizado.
Frente às questões colocadas, é premente que a estruturação do curso de Licenciatura em Matemática, obedeça ao princípio da indissociabilidade entre, o ensino, a pesquisa e a extensão. Este tripé será o norte para a busca da qualidade de formação de educadores em matemática, buscando assim a contemplação de noções de cidadania e a apropriação de instrumentos peculiares ao exercício da profissão.