O Curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG reconhece a figura do arquiteto-urbanista como um dos atores com maior poder de intervenção e contribuição no processo de construção de uma sociedade pujante, por se tratar do profissional formado para atuar diretamente no espaço da cidade, na produção da paisagem edificada.
Com a matriz curricular aqui proposta, o Curso de Arquitetura e Urbanismo não espera corrigir todas as falhas e revelar a solução para os problemas, mas induzir a um processo, em que a função social do arquiteto-urbanista seja tratada e incorporada com a abrangência necessária, dentro da própria academia, definindo um novo paradigma para a produção do espaço nas cidades.
Como materialização dos anseios dos corpos docente e discente, busca-se transformar o curso numa ESCOLA PARA AS CIDADES, na qual questões como mobilidade, habitação, infraestrutura e qualidade de vida urbana estejam transversalmente inseridas na produção do espaço edificado, seja ele de uso coletivo e/ou individual. Para isto, foi adotado o conceito a cidade como uma escola.
Julgou-se importante a necessidade de conceituação não somente para definir os parâmetros de ensino, o perfil de seus usuários, como também os objetivos a serem alcançados e dos meios para atingi-los. Ao construir o conceito, deu-se início ao processo de transformação e requalificação do Curso, bem como possibilitou a origem de uma identidade própria.
Mais do que algumas palavras, entende-se o conceito como ponto de partida para qualquer ação a ser tomada por professores, alunos, coordenadores e pela própria Universidade. A partir deste conceito, com o devido conhecimento e apreensão de seus aspectos e qualidades, que se consolida a identidade do curso de Arquitetura e Urbanismo de uma Universidade pública no Estado de Goiás.
A matriz curricular compromete-se com os estudos da cidade e suas implicações, com foco nas possibilidades de intervenções arquitetônicas e urbanísticas, buscando o aumento da qualidade de vida de seus habitantes como meta principal, mediante atividades acadêmicas, de pesquisa e de extensão. Vale ressaltar que o currículo é somente o ponto de partida nesta transformação, que passa por uma discussão mais profunda, com professores e alunos, suas práticas e suas relações com a sociedade e com o ambiente urbano.