Uma oficina especial abordando canto, dança e percussão no jongo será realizada no Festival de Cultura da UEG, ediçõa 2024.
Conduzida por Carlos Antonio dos Reis, o Mestre Tuísca, juntamente com quatro integrantes do Grupo Jongo Iracema. Esta atividade proporcionará aos participantes uma imersão na manifestação cultural do jongo, com demonstrações de movimentos corporais, uso de tambores, e o aprendizado de pontos básicos de canto. Além disso, a oficina explorará a formação da roda de Jongo, com ênfase nos movimentos de tabeado e umbigada, que são características marcantes dessa tradição afro-brasileira.
A oficina também incluirá uma roda de conversa, onde será discutida a história do jongo, suas raízes e sua evolução, além de temas como diversidade cultural e discriminação racial. Fundado em agosto de 2012 por Mestre Tuísca, o Grupo Jongo Iracema é um exemplo da adaptação dessa manifestação cultural no estado de Goiás, especialmente no município de Anápolis. O jongo, originário dos povos Bantu da região do Congo e Angola, chegou ao Brasil com os africanos escravizados e, apesar de não ser uma tradição específica de Goiás, tem se espalhado pelo país, sendo adaptado e mantido vivo por grupos como o Jongo Iracema.
O Jongo Iracema realiza apresentações que combinam percussão, canto e dança, trazendo à tona o ritmo que muitos consideram o precursor do samba. Através de canções tradicionais e contemporâneas, o grupo celebra e preserva essa importante manifestação cultural afro-brasileira. O jongo, com sua forte ligação à memória dos antepassados, é hoje uma expressão cultural dinâmica e adaptável, mantendo sua legitimidade mesmo fora dos estados onde originalmente se desenvolveu.
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