Balanço Encontro das Escolas de Cinema

20/06/2024

3º Encontro das Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central

Evento promovido pela UEG e Cria Lab teve 200 participantes inscritos e mais de 700 visitantes em três dias

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Cerca de 700 pessoas, dentre elas 200 oficialmente inscritos, acompanharam os três dias de atividades do 3º Encontro das Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central, que ocorreu de 12 a 14 de junho, no jardim do Palácio Conde dos Arcos, em Goiás, durante o FICA 2024. Os participantes puderam acompanhar exposições, debates, lançamento de livros e painéis públicos trazendo diversas perspectivas sobre a Inteligência Artificial e seu uso nos processos criativos do audiovisual.  

O evento de abertura do Encontro ocorreu na manhã da quarta-feira (12/06), com a presença de autoridades da área de cultura e representantes do meio acadêmico.  Para uma plateia lotada, e também para os participantes virtuais, o professor Marcelo Costa, do CriaLab|UEG, organizador do evento, deu as boas-vindas, frisando a importância das escolas de cinema para o fortalecimento do eixo de produção audiovisual na região central do país e para a articulação do eixo de formação no complexo ecossistema do setor audiovisual brasileiro.

O primeiro painel do Encontro reuniu especialistas para uma conversa sobre o impacto da I.A. na realidade dos roteiristas de cinema e produções audiovisuais. Dirigiram o debate o presidente de Associação Brasileira de Roteiristas e Autores (ABRA), André Mielnik, a professora Jô Levy, da UEG, e a secretária da Comissão Especial de Direito Autoral do Conselho Federal da OAB, Paula Vergueiro. O debate prosseguiu na Rodada de conversa com as Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central.

Representantes das sete Tvs Universitárias que compõem o 3º Encontro de Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central estiveram reunidos no primeiro horário da tarde de quarta-feira (12/06) para a rodada de conversas intitulada “Mobilização Social e Produção Colaborativa”. As articulações e oportunidades de integração em projetos colaborativos deram o tom do debate, com destaque para as experiências vividas na produção da série de TV Ekobé – vida que vem da terra. 

A tarde da quarta-feira foi marcada por café, prosa e livros nos jardins do Palácio Conde dos Arcos, em Goiás. Acompanhados pela participação gastronômica e cultural das Mulheres Coralinas e pela homenagem à cineasta goiana Cláudia Nunes, os participantes puderam visitar a Exposição Fotográfica Inteligência Humana e Inteligência de Máquina no Audiovisual, realizada pelo curso de Cinema e Audiovisual da UEG, com curadoria da prof. Júlia Mariano e arte têxtil da prof. Luciene Gusson, e a Exposição Fotográfica Coletiva “Cerrado Entrelinhas”, com curadoria das professoras Ana Rita Vidica (UFG), Júlia Mariano (UEG) e Pollyanna Brito (IFG). Foram lançados ainda os livros Audiovisualidades - Visões e escutas contemporâneas, organizado pelos professores Georgia Cynara e Sandro de Oliveira, e Catálogo de filmes goianos produzidos de 2000 a 2020, da professora Thais Oliveira, foram apresentados ao público.

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Às 19h30 da noite de quarta-feira (12/06), o lançamento da série Ekobé lotou a sala de cinema da Casa de Memória do Judiciário, na cidade de Goiás. A realização da coprodução contou com o apoio da ABTU - Associação Brasileira de TVs Universitárias, e a coordenação do prof. Max Eluard (TV Unifor) e da Professora Ana Paula Ladeira (UEG TV).

A UEG contribuiu com o episódio Vidas submersas, que acompanha duas moradoras da região de Uruaçu cujas vidas foram diretamente afetadas pela formação do Lago Serra da Mesa. Entre memórias, críticas e análises, essas mulheres traçam um panorama dos efeitos de longo que as barragens de hidrelétricas causam no meio ambiente, no cenário e nos modos de viver de extensos espaços.

Na quinta-feira (13/06), o painel "A nova era do audiovisual: revolução criativa e desafios na incorporação da IA", primeira atividade da quinta-feira no Encontro das Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central, trouxe para o jardim do Palácio Conde dos Arcos o diretor e roteirista Guilherme de Lucca, especialista em Cinema pela New York Film Academy e diretor de séries, comerciais e reality shows em Tv aberta e fechada, e o especialista em DeepLearning Fernando Ribeiro, com onze anos de experiência na área e à frente das linhas de pesquisa com utilização de DeepLearning, desenvolvimento de novas metodologias de geração de personagens virtuais e criação de cenários virtuais dinâmicos na TV Globo. No período vespertino, ocorreu reunião de articulação pedagógica e política entre os representantes das Escolas de Cinema participantes do Encontro. Foram discutidos temas como: a continuidade da Mostra Visões de Futuro, a participação presencial de estudantes das escolas de outros estados da região, a curricularização da extensão, acessibilidade de obras audiovisuais, metodologias no desenvolvimento de trabalhos de conclusão de curso, maior integração em atividades acadêmicas entre as escolas presentes.

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O segundo dia do Encontro terminou com o lançamento da Mostra de Cinema Universitário Visões de Futuro, que exibiu nove obras audiovisuais produzidas por estudantes das Escolas de Cinema participantes. A Mostra inaugura a participação oficial de filmes universitários no FICA, que abre, a partir deste ano, um espaço especial para a produção universitária do Brasil Central.

 

O 3º Encontro das Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central encerrou as atividades diurnas com a conferência “Morrer, renascer, sobreviver: o audiovisual em tempos de inteligência artificial”, proferida pelo jornalista, escritor e empresário Pedro Dória. Dória tem se destacado no atual contexto jornalístico por atualizar, de maneira bem sucedida, o trabalho jornalístico para a realidade das novas plataformas, e por seu empenho em construir arenas democráticas de troca de opinião dentro do ambiente de extrema polarização política que tomou conta do debate público nas últimas décadas. À noite, os participantes puderam apreciar os videoclipes produzidos por estudantes do curso de cinema e audiovisual da UEG no já tradicional mostra IFIDEVIDULA, organizada pelo prof. Sandro de Oliveira.  

A realização do Encontro de Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central tem transformado o Festival de Cinema e Vídeo Ambiental em um espaço de articulação regional em torno da produção do cinema brasileiro feito na região central do Brasil, além de favorecer arranjos de colaboração institucional entre universidades e o setor produtivo do audiovisual.

 

 

 

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