De 19 a 21 de maio, a cidade de Formosa-GO será novamente palco de um dos maiores festivais internacionais de divulgação científica, que, em 2025, acontecerá simultaneamente em 171 cidades brasileiras, 24 países e com mais de 15 mil pessoas envolvidas: o Pint of Science. Em Formosa-GO, o evento está indo para sua 5.ª edição e a cidade possui uma comunidade acadêmica ativa e um público ávido por conhecimento, mas poucas oportunidades de interação direta com cientistas e pesquisadores. Com o lema de levar a ciência para fora dos muros da universidade e colocá-la à mesa com o público, o evento transforma bares e cafés em espaços de diálogo direto entre pesquisadores e comunidade. E como não poderia deixar de ser, o encontro será realizado no acolhedor Paladini Bistrô, com entrada gratuita e atmosfera descontraída.
Organizado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Câmpus Nordeste Sede: Formosa, o evento conta com o apoio e a colaboração de importantes instituições: o Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Formosa, a Universidade de Brasília (UnB), além da parceria com o Paladini Bistrô e a cervejaria artesanal @Russ.bier, responsável pela criação da cerveja oficial do festival, a cerveja Simbiótica (https://www.instagram.com/russ.bier/).
A programação contará com três noites temáticas, cada uma dedicada a um campo de pesquisa que toca diretamente a vida das pessoas — da preservação ambiental ao clima e à urbanização consciente. Tudo apresentado em linguagem acessível, com direito a perguntas do público e muita troca de ideias:
O Pint of Science Brasil surge como uma plataforma para preencher essa lacuna, promovendo a democratização do conhecimento científico. Além disso, o evento contribui para a valorização da Ciência como ferramenta de desenvolvimento social e econômico, incentivando jovens a considerarem carreiras científicas e de pesquisa.
Rio Araguaia: onde a Onça bebe água
Ludgero Cardoso Galli Vieira
Nesta conversa, vamos mergulhar nas águas do Rio Araguaia — um dos mais importantes e belos ecossistemas do Brasil — para entender sua biodiversidade, seus desafios e sua importância como um dos maiores corredores ecológicos do mundo. O professor Ludgero Cardoso Galli Vieira, coordenador de pesquisas limnológicas e vice-coordenador do programa Araguaia Vivo 2030, traz descobertas recentes sobre a qualidade da água, a presença de espécies ameaçadas (como a onça-pintada) e os impactos das atividades humanas na região. De forma leve e acessível, a fala convida o público a refletir sobre o papel da ciência na conservação dos rios e da vida que deles depende — inclusive aquela que bebe água nas suas margens.
Ludgero é uma mistura equilibrada de ribeirinho, piloteiro e pesquisador do rio Araguaia. Aprendeu a contemplar as belezas cênicas, ambientais e biológicas desta bacia hidrográfica desde seu nascimento. Hoje, biólogo, mestre em biologia, doutor em Ciências Ambientais, pesquisador do CNPq, professor da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador de programas de mestrado e doutorado, emprega todo seu esforço para compreender e conservar uma das bacias hidrográficas mais importantes do mundo, a bacia do rio Araguaia! Também importante, gosta muito de cerveja artesanal e um bom vinho.
Formosa: Crescer sem Afogar o Futuro
Nayara Luiz Pires
Formosa é uma cidade marcada por suas belezas naturais, pelas nascentes e córregos que cortam o território e abastecem a vida local. Mas, em meio ao crescimento urbano acelerado, como garantir que o desenvolvimento não afogue as águas que nos sustentam? Nesta conversa, a pesquisadora Nayara Luiz Pires propõe uma reflexão sobre os desafios e possibilidades de um planejamento urbano que respeite e integre os recursos hídricos. A partir de conceitos de hidrografia urbana e gestão das águas, serão discutidas estratégias para preservar o meio ambiente diante da expansão desordenada das cidades. Um convite para pensar Formosa de forma mais sustentável, equilibrada — e com os pés na água.
Formosense com orgulho, é bióloga, química e apaixonada pelas águas do Cerrado. Doutora em Ciências Ambientais e mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural pela Universidade de Brasília (UnB). Licenciada em Química pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e em Ciências Biológicas pela UnB, atua desde 2013 como técnica de laboratório na área de Controle Ambiental no Instituto Federal de Goiás (IFG), campus Formosa-GO. Sua trajetória acadêmica é marcada por pesquisas em recursos hídricos, com foco na qualidade da água. Escolheu a caipirinha de maracujá para o clima do Pint of Science 2025, mas quem a conhece sabe: é do time do café e da água fresca.
Classificar o Clima é Coisa Séria (e Começa em Casa)
Giuliano Tostes Novais
Nesta conversa, o professor Giuliano Novais nos convida a conhecer os bastidores de uma jornada científica que começou no quintal de casa e ganhou o Brasil. Entre pluviômetros e mapas, nasceu o Sistema de Classificação Climática de Novais — um novo olhar sobre os climas brasileiros, mais detalhado e conectado à realidade dos territórios. De forma leve, com um bom vinho na memória e o Cerrado no coração, Giuliano compartilha curiosidades da pesquisa, os desafios de pensar o clima para além das generalizações e a importância de entender como os territórios respiram, evaporam e chovem. Porque sim: classificar o clima é coisa séria — e começa onde a gente vive.
Mineiro de Uberlândia, Giuliano é geógrafo, doutor em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia e pós-doutor em Geografia Física pela USP e pela Universidade do Porto (Portugal). É professor adjunto da Universidade Estadual de Goiás (UEG), atuando no Câmpus Nordeste/Formosa e no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UEG-Campus Cora Coralina. Coordena o Laboratório de Hidroclimatologia (LAHIC) e lidera o projeto de pesquisa do CNPq sobre o Sistema de Classificação Climática de Novais, aplicado à América do Sul. Criador do livro Climas do Brasil (2023), Giuliano transformou sua paixão por mapas e meteorologia em uma contribuição original para a ciência brasileira. Marido da Taís, pai do Pedro, torcedor do Galo e apreciador de um bom vinho do Porto, ele prova que fazer ciência também é uma forma de contar histórias — desde que se comece pelo quintal.
O Pint of Science cresceu e a fórmula do sucesso é simples: bons cientistas, excelente organização e um bar! Sim, o “bar” pode ser um local para discutir algo tão importante quanto a Ciência e de forma descontraída, sem jargões e mantendo a credibilidade científica para a sociedade. Em Formosa-GO, a organização está por conta do coordenador local (cidade) prof. Eleandro Adir Philippsen (UEG-Formosa), e Daniela Pereira de Andrade (Servidora TI, UEG-Formosa).
Você não será o mesmo depois do Pint of Science Formosa 2025!
AONDE IR?
Paladini Bistrô
Endereço: Paladini Bistrô, Av. Contorno - Parque Laguna, Formosa - GO, 73814-001
Facebook: https://pt-br.facebook.com/paladinibistro
Localização: https://goo.gl/maps/URhLH5Y7DEdbw9QX8
Mais informações: https://pintofscience.com.br/events/formosa e https://www.instagram.com/pintofsciencebr/
Realização
Colaboração