Perfil
Foto: Fábio Silva | Acervo pessoal
Texto: Dirceu Pinheiro
Márcia Costa - Comunicação feita com elegância
Servidora técnico-administrativa aposentada

Ao ser escalado para perfilar Márcia Costa, logo imaginei ser fácil, afinal a conheço desde que cheguei a Anápolis, em 1996, quando assumi a direção de Jornalismo da TV Anhanguera. Toda semana, lá estava Márcia, como assessora de imprensa, acompanhando o reitor da Uniana e, posteriormente, da Universidade Estadual de Goiás para entrevistas ao vivo, sempre numa postura elegante e profissional.

De lá para cá, entrei na UEG e convivi com a Márcia aqui e em duas faculdades particulares da cidade, onde atuamos nos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo. Em todos esses lugares, pude presenciar  que elegância e dedicação são naturais na vida da Márcia. Ela não precisava se esforçar para ser elegante, isso é parte inerente do seu jeito. Mesmo a conhecendo bem, não é fácil descrever uma amiga. Mas vamos lá.

Ao ser comunicada de que seria uma das perfiladas por ocasião dos 25 anos da UEG, Márcia demonstrou alegria pelo reconhecimento e nos recebeu em sua casa para uma conversa. O técnico em audiovisual Fábio Silva pede licença, coloca a lapela e instala os equipamentos. As engrenagens dos equipamentos de filmagem e som ganham vida na sala de estar da casa de Márcia Costa, uma figura emblemática, dona de uma carreira brilhante como cerimonialista na UEG. Com a serenidade de quem conhece bem os holofotes, ela se acomoda no sofá, pronta para relembrar os capítulos marcantes de sua história. O propósito do encontro é tão nobre quanto inspirador: produzir um perfil que celebre sua contribuição nesses 25 anos de história da universidade. 

Chegamos até o local e fomos recebidos por uma presença elegante, uma característica que sempre associamos a Márcia.  Essa mesma sofisticação transparecia em seu trabalho e na forma de tratar as pessoas. Ainda hoje, é como se cada peça de seu guarda-roupa contasse uma história de profissionalismo e excelência.

O roteiro de Márcia na comunicação começou com a aprovação para o curso de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás, com apenas 17 anos. Naquela época, ainda jovem e incerta sobre seu futuro, escolheu o curso como seu ponto de partida. “Acho que essa área sempre foi muito forte na minha vida”. Essas palavras, simples à primeira vista, carregam uma vida inteira dedicada ao mundo da comunicação. Uma história repleta de desafios, descobertas e momentos inesquecíveis.

Recém egressa do curso de Jornalismo, Márcia iniciou sua trajetória profissional na Secretaria Estadual de Segurança Pública como fotógrafa. Com sinceridade, ela diz que não se identificou. Foi para a Secretaria de Comunicação do Estado, lá em 1985. Em seguida casou-se e veio morar em Anápolis, onde trabalhou na Secretaria de Comunicação da Prefeitura por 2 anos. 

Antes mesmo da concepção da UEG, Márcia já vislumbrava os prenúncios de sua futura jornada na Universidade Estadual de Anápolis. Sob a orientação do professor Vicente Pedatella, desbravou os caminhos da comunicação, tecendo os fundamentos de sua atuação como jornalista e cerimonialista. Foi em 1990 que os caminhos da comunicadora e da universidade se cruzaram pela primeira vez, na época da Uniana. Seu primeiro projeto foi um jornal datilografado, “daqueles que nem dava para fazer correções, se errasse, tinha que começar tudo de novo”. Ela ri e continua contando.

“Eu sou defensora da comunicação e eu tive a oportunidade de ajudar a construir uma universidade, isso é muita coisa.”

A criação da UEG marcou não apenas um novo capítulo em sua história, mas um ponto de virada. “Eu sou defensora da comunicação e eu tive a oportunidade de ajudar a construir uma universidade, isso é muita coisa”. Ela lembra com carinho que a instituição também contribuiu para sua formação. Reforça que todas as suas especializações são frutos do incentivo que encontrou. “Esse investimento é impagável para mim.” 

Durante a conversa, Márcia menciona várias vezes as pessoas especiais que cruzaram seu caminho na UEG. Mas isso não quer dizer que encontrou caminho fácil na trajetória profissional, houve muitos desafios e muito esforço empregado. “E infelizmente a aposentadoria chegou”, ela solta essa frase acompanhada de uma risada contagiante. Acontece que sente falta do trabalho que por tanto tempo fez parte da sua rotina. “A metade da minha vida foi lá [na UEG], durante 27 anos eu estive lá.” 

“Sonho que nos próximos 25 anos a Universidade Estadual de Goiás possa crescer em qualidade e não em quantidade, porque de quantidade já temos o suficente. Sonho com uma universidade grande em termos de Brasil e até internacionalmente.”

Hoje, ao refletir sobre sua trajetória, Márcia transborda gratidão e saudosismo. Cada desafio superado, cada conquista alcançada, é celebrada com alegria e reverência. Seu sonho de ver a Universidade Estadual de Goiás florescer em qualidade e excelência é um testemunho de sua devoção à causa da educação e do progresso. “Sonho que nos próximos 25 anos a Universidade Estadual de Goiás possa crescer em qualidade e não em quantidade, porque de quantidade já temos o suficente. Sonho com uma universidade grande em termos de Brasil e até internacionalmente.” 

Márcia é inspiração. Dedicou seu trabalho pensando na transformação social que a educação poderia trazer para o estado. E na ocasião desta entrevista, ela quase não falou de si mesma, o que toma lugar na sua fala é a vontade de ver cada vez mais a evolução da Universidade. “A educação abrange todas as áreas, por meio dela coisas grandiosas podem ser possíveis”.



UEG - COMSET | 2024
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