Perfil
Foto: Acervo pessoal
Texto: Gilnara Peixoto Batista
Ester Gomes de Souza – Fazendo das pedras no caminho, degraus na educação
Aluna

“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho…” Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade nos leva a relembrar dos caminhos que já percorremos, sobre as pedras que encontramos e que aparentemente atrapalharam a nossa vida, mas de toda forma foram inevitáveis e, por isso, fazem naturalmente parte da caminhada. Ester Gomes de Souza, aluna do sétimo período de Pedagogia na Unidade Universitária de Inhumas, termina nossa conversa indicando esse poema para compor material para seu perfil.

Chegamos à conclusão de que essas pedras, ou melhor, as noites sem dormir e as “retinas fatigadas”, tal qual Drummond traz, são também o caminho. A lembrança desses obstáculos faz Ester olhar para trás e ver tudo o que conquistou até aqui.

Após concluir o Ensino Médio em Sobradinho, Distrito Federal, Ester deixou sua cidade natal para procurar melhores condições de vida e formação acadêmica na cidade de Inhumas, a 250 km de distância. Ela, que sempre foi muito dedicada aos estudos, enxergava na pedagogia uma possibilidade de mudança de paradigmas.

No ano de 2020, a aluna prestou vestibular para o curso e obteve aprovação na UEG e na UFG, mas decidiu pela UEG. Desde então, a universidade não foi apenas uma instituição de ensino para Ester, tornou-se uma família. “Eu considero muito cada pessoa que cruzou meu caminho, por meio desta universidade eu me encontrei como sujeito que entende o meu espaço na sociedade”. Além disso, guarda grande carinho pelos professores que, tal qual comenta, possuem uma postura muito humanista e reconhecem as dificuldades que atravessam a vida de cada estudante.

“Eu considero muito cada pessoa que cruzou meu caminho, por meio desta universidade eu me encontrei como sujeito que entende o meu espaço na sociedade”

De uma forma muito bonita, Ester me conta que a importância da educação se revela nas mais diversas definições existentes da palavra, que envolvem atribuições específicas para atingir objetivos na sociedade. E por meio dela, aquela Ester pequenininha com sonhos de contos de fadas, se tornou uma pessoa preocupada com o mundo e com a formação de outras tantas jovens como ela. “Eu passei por esse processo facilitador e transformador que a aquisição de conhecimentos pode realizar”.

Ao longo de sua trajetória na pedagogia, Ester mergulhou em projetos de pesquisa, encontrando na Filosofia da Educação um campo de interesse. Sob a orientação da professora Simone Magalhães Vieira Barcelos desde o primeiro período, ela explorou a contribuição de Paulo Freire para a educação, na pesquisa “A História da Educação”, dentro do projeto “Contribuições teóricas de Paulo Freire para a Educação”.

Depois de acompanhar a história dessa aluna da UnU de Inhumas, não surpreende saber que ela pretende seguir carreira como pesquisadora da mesma unidade. “Eu sinto que estou no lugar certo e pretendo continuar na UEG”.

Como um marco importante, Ester conquistou no ano de 2022 aprovação como bolsista no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, como aluna de graduação, nos anos de 2022 e 2023. Atualmente, está se vinculando a outros projetos de extensão fazendo pesquisa na área de formação de professores.

Em uma cidade diferente, Ester conta que a universidade foi fundamental para sua adaptação. “Além das pessoas que me acolheram, eu ressalto a importância das bolsas de permanência que são ofertadas aos alunos.” Graças a elas, a nossa perfilada conseguiu participar das três dimensões da universidade: ensino, pesquisa e extensão.

Olhando para o futuro, Ester expressa seu desejo de ver a UEG crescer em infraestrutura e acessibilidade, garantindo que mais estudantes tenham a oportunidade de transformar suas vidas por meio da educação. Sua mensagem para aqueles que sonham em ingressar na instituição é clara: “Este não é apenas um local de aprendizado, mas uma possibilidade de ter outras possibilidades”.

“Este não é apenas um local de aprendizado, mas uma possibilidade de ter outras possibilidades”

Enquanto a UEG celebra seus 25 anos de existência, perfis como o de Ester destacam o impacto positivo que a instituição teve na vida de tantos estudantes, moldando não apenas profissionais qualificados, mas cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de um futuro melhor. Que os próximos 25 anos sejam marcados por mais histórias inspiradoras de superação, dedicação e sucesso. Que cada pedra no caminho seja um degrau rumo à educação crítica e humanizadora.



UEG - COMSET | 2024
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