O setor Agrícola é extremamente significativo para a economia do Brasil e responde por cerca de 26,6% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA).
O engenheiro agrícola desempenha importante papel neste setor, cuidando dos processos de produção, projetando equipamentos e aplicando técnicas nas lavouras e criações. O profissional também é responsável pelo planejamento e execução de sistemas de produção agrícola e de processos agroindustriais. A gestão dos recursos naturais e dos sistemas de irrigação e drenagem também faz parte das atribuições do engenheiro agrícola. Sua formação permite ainda que acompanhe a comercialização e distribuição de produtos derivados do agronegócio.
O mercado de trabalho é vasto para quem é graduado em Engenharia Agrícola. Em todas as regiões do Brasil há necessidade de profissionais capacitados na área. Há oportunidades em fazendas, cooperativas, usinas de biocombustível, indústria de máquinas e implementos, companhias de armazenamento, instituições de ensino e pesquisa, empresas de consultoria e comércio e assistência técnica de produtos e equipamentos
Na Universidade Estadual de Goiás (UEG), o curso de Engenharia Agrícola é ofertado em Anápolis e Santa Helena de Goiás, com duração de 5 anos.
Segundo a coordenadora central do Curso de Engenharia Agrícola da UEG, professora Alzirene de Vasconcelos Milhomem, o curso é totalmente qualificado para levar ao campo soluções práticas e inovadoras que contribuem para o avanço tecnológico sustentável dos sistemas de produção agrícola e agroindustrial com vistas ao desenvolvimento sustentável.
O profissional formado pela UEG é habilitado para planejar métodos de armazenagem e conservação de produtos agrícolas, elaborando projetos de unidades armazenadoras; projetar e construir obras e estruturas relacionadas a sistemas de produção animal e vegetal, dentro dos princípios da engenharia de conforto; realizar projetos de obras hidráulicas, sistemas de irrigação e saneamento rural; elaborar, modificar e projetar máquinas e equipamentos agrícolas; atuar na administração e gerenciamento de empreendimentos agrícolas, baseados em conceitos de agricultura de precisão e visando a otimização do uso dos insumos agrícolas e racionalização do uso da energia, entre outras. "Essas atividades são compatíveis e necessárias ao desenvolvimento do quadro atual da produção agropecuária brasileira, quiçá, mundial", destaca a professora Alzirene.
De acordo com a diretora do Instituto de Ciências Agrárias e Sustentabilidade da UEG, professora Sueli Freitas, a Engenharia Agrícola é um curso inovador desde sua concepção, pois sempre esteve com os pés firmes no presente e o olhar voltado para o futuro. "Formamos na UEG profissionais altamente capacitados para aplicar conceitos e processos de Engenharia na Agricultura. A expansão da Agricultura tecnificada tem uma forte atuação da Engenharia Agrícola que não se intimida com o desenvolvimento tecnológico, e mais que isso, participa desse crescimento e incorpora aos seus saberes. Por isso, muitos dos nossos egressos ocupam posição de destaque nos setores público e privado. O Instituto de Ciências Agrárias acredita nesse curso que tem na tecnologia a sua principal ferramenta", ressalta Sueli.
Depoimentos
Formado em Engenharia Agrícola no Câmpus Central da UEG, em Anápolis, em 2010, Rodney Ferreira Couto, 35 anos, diz que a escolha pelo curso se deu devido a facilidade com matemática, física e cálculos de uma forma geral. "Em sentido diametralmente oposto, descobri que também tinha e ainda tenho aderência com as ciências agrárias desde jovem. Acredito que o fato do meu pai ser repórter cinematográfico e ter trabalhado por alguns anos em um programa de televisão voltado para o agro tenha influenciado", lembra.
Rodney explica que o curso proporcionou a ele a oportunidade de realização profissional dentro de suas afinidades e habilidades pessoais. "As bases de Engenharia adquiridas até o 6º período do curso me possibilitam realizar consultorias profissionais, transitar em outras áreas do conhecimento como economia, modelagem, programação e cooperar de forma transversal com grupos de estudo e pesquisa em diversas IES", salienta.
Após formado, o engenheiro agrícola fez mestrado acadêmico na UEG. "A minha pesquisa trouxe um diferencial em termos metodológicos para estudo de compactação do solo, um dos maiores problemas da agricultura", destaca. A formação do Rodney resultou na aprovação em concurso público da UEG, onde atua como professor do curso de Engenharia Agrícola, do qual um dia foi aluno. Rodney continua se qualificando. Atualmente faz doutorado em Agronegócio pela UFG.
Trabalhando numa fazenda em Balsas, no Maranhão, a egressa do curso de Engenharia Agrícola, Nathália Aparecida Araújo Leão, também reforça que a formação adquirida na UEG tem grande importância na vida profissional. Após a conclusão do curso, em 2019, iniciou a carreira numa concessionária de máquinas agrícolas. "O meu primeiro cargo foi como entregadora técnica e depois de 8 meses fui transferida para o Centro de Suporte ao Cliente (CSC). Após pouco mais de 2 anos de empresa, aceitei uma oportunidade de emprego na Fazenda Nebraska, localizada em Balsas (MA), para ser Coordenadora de Mecanização, onde estou atualmente", ressalta.
Nathália diz que a escolha do curso se deu numa visão a longo prazo. "Enquanto alguns setores têm altos e baixos, a agricultura tem crescido em todo o território nacional. No início tive muitas dúvidas, medos e questionamentos, porém atualmente, vejo que foi uma das melhores escolhas da minha vida", garante.
(Dirceu Pinheiro|Comunicação Setorial|UEG)